Cinema europeu, ou não-só-americano, é legal. Os melhores filmes que já vi não são americanos: Excêntrica Família de Antônia, Gato Preto, Gata Branca, O Abraço Partido, Felicidade (que é americano, mas de uma facção alternativa) e outros.
Mas quando vem coisa ruim, é de lascar. É quase arriscado assistir um filme europeu, porque é altíssima a chance de não prestar. Por isso cinema americano-popular dá certo: você vai com certeza pelo menos se divertir, mesmo que o filme não toque o âmago do seu ser.
Outro dia a Tati me levou para assistir A Leste de Bucareste.
- — Tati, tem certeza que quer assistir esse filme romeno ?
- — Sim. Você tem que largar mão de só assistir filmes blockbuster.
- — Bom, é só “para não dizer que não falei das flores”.
Filme ruim de doer, mas o veredito dela foi “ah, bonitinho vai”.
Sabe quando sua sobrinha de 3 anos te dá um rabisco feito com lápis-de-cor? Você pendura na geladeira, mostra pros amigos e tal. É bonitinho porque foi ela quem deu. Mas aquilo não é arte nem nada, afinal ela só tem 3 anos e está aprendendo a manusear lápis.
É a mesma coisa com esses filmes alternativos ruins. Na maioria dos casos, poupe-me, por favor.