No blog de segurança do Fernando Cima, no Technet da Microsoft, está rolando uma discussão muito interessante sobre ODF x OOXML. Ele (e a Microsoft) tem insistido em um ponto que faz parecer que OOXML é algo necessário para dar liberdade de escolha:
Liberdade de escolha se dá no nível dos produtos e não no dos formatos.
Um único formato padrão deve ser adotado para eliminar falta de interoperabilidade. Se ao longo do tempo surgem novas necessidades que o formato não suporta, a sociedade trata de melhorá-lo. E para isso o processo que mantém o formato deve ser aberto. A sociedade não faria isso — não era muito natural — a 15 anos atrás na alvorada da Internet, mas hoje é a prática corrente.
Então para a liberdade de escolha que eu e ele (conforme a citação) queremos, é necessário o seguinte:
- Um único formato padrão que obrigatoriamente evolui abertamente. Caso do ODF e que não é o caso do OOXML (porque o OOXML é e sempre será a documentação do que já foi implementado de forma fechada no MS Office).
- Multitude de ferramentas que suportam, geram e consomem este formato. Caso do ODF, OpenOffice.org, BrOffice.org, Symphony, Abiword, GNumeric, KOffice, Corel Office, etc etc etc; e que não é o caso do OOXML e MS Office.
Claro que alguém pode escolher formatos não-padrão-aberto e suas ferramentas proprietárias por alguma razão técnica ou psicológica não resolvida. Isso também é liberdade. Mas em 2007 já somos bem grandinhos para saber que a longo prazo isso vai lhe trazer falta de interoperabilidade, amarrações comerciais e preços inflexiveis por conseqüência.